quarta-feira, 13 de julho de 2011

Baú Aberto


Noite escura.

No inverno

Corre o vento,

De julho.


A noite é fria,

Vejo o coqueiro esmaecer

Tu vieste me ver

Como eu queria.


A rajada de vento

Arde o osso

Não ter-te perto

Dói por dentro


O vento sacode as árvores.

Penteia as palmeiras,

Seca a roupa.

Aperta os namorados,

Toda carícia é pouca.


Você sacode meus desejos

Embaraça o meu cabelo.

Sinto o lábio apertar-se


E rompe o intenso azul do céu

Ou meu coração, feito em papel

Com a mesma delicadeza e brilho

Como brilhas em Lua, meu símbolo.


Quisera poder levitar

Para me saciar de tua beleza

Que as nuvens se afastam

Pra contemplar.

15/07/03

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