Uma batalha entre dois corpos,
Quatro pessoas.
Ele quer, ela nega.
Ela instiga, ele reclama
Mas aceita. Ela foge,
Ele vai atrás.
Dá-se o embate.
Pernas, braços,
Suor, hálito
No combate.
Dois guerreiros animalescos
Em golpes desesperados
Tentam alcançar sua vitória.
Partem arfantes, partem-se relutantes.
Entregam-se possuídos de desejo
Assistidos pelas entidades do prazer.
Lutam, marcam-se a unhas e dentes
A fim de tornar o corpo alheio
Seu território.
Beijam e chupam,
Devoram-se ansiosos.
Teus egos são inflados ao saber
De tudo o que mentem,
Todos que enganam.
São parceiros, são cúmplices
Coniventes da decadência
Libertam-se no último momento
Inundados da recompensa
Exibem, estremecidos, seus troféus.
Sempre guerreiros, perdedores jamais