Paisagem
E de repente
Eu estava escondido
Exilado em minha mente
Deprimido
O lápis desliza na folha
Como na pele.
Quisera roçar na tua
Mas estou só.
Na garanta,
Um nó.
No lápis,
As mágoas
Trazidas estas
Pelas lembranças.
No rosto
Uma lágrima,
Que cai como
A pétala,
Tristeza,
A flor,
Dor.
A folha
Mágoa.
De cerejeira.
Da cajazeira.
Da amendoeira.
A chuva cai fina
O céu é cinza.
Cinza que de longe
Se funde no horizonte.
Sobre o olhar azul do mar
À frente do verde monte.
Recordações.
De paixões,
Me vêm
Como a cerejeira
Que chora
Espalhando no vento
Suas lágrimas cor – de – rosa
Imagens.
Ou miragens
Que ficaram,
Na alma.
Como fica
Na retina
A luz laranja
No pôr-do-sol
Vestido de arrebol.
Apesar de ser bonita
Dá vontade chorar.
E a saudade não tem rima,
Que é sentimento singular,
Que se sente quando se está só.
Sentindo a falta de alguém
Que sozinho te faria deixar de ser só.
Mas, se eu estou aqui
E você aí.
Então não estamos.
Se não estou
Não sou.
Para ter você
Eu preciso ser,
Mas não sei ser longe de você.
15/07/03
Eita baú bom esse hein...
ResponderExcluirAh! A folha... Mágoa... De cerejeira...
Eu tenho umas folhas de cerejeiras tatuada e nelas não carrego mágoa... Carrego amor, Vitalidade, paixão, desejo e muito tesão! Vou aos pouquinhos te mostrando as cerejeiras! rs
Belo post Vinícius, parabéns! E obrigada por passar no meu blog! "E a saudade não tem rima..." Muito bom!
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