segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Das coisas que eu não sei

Sei que o amor é perto

É feio, forte

Quando dura um tempo.

Enquanto queima a lágrima

É que se pode sentir


Sei que o amor é prego

É um inferno amarelo

Dá carinho e maltrata

Pra viciar e deprimir


Que esmaga com martelo

Os pés de quem ama

Para nunca mais fugir.

Que cega ambos os fantoches

Para que não vejam logo ali.


Sei que o amor eterno

É quase terno

Se não fosse pelo vício

De não querer se dissolver.

É terno e gravata atirados

Cuidadosamente sobre a paixão

Numa cama de verão.


Sei que o amor canalha

É feito corte de navalha

Que não livra a ninguém

Mas é gostoso e lhe cai bem


3 comentários:

  1. "Sei que o amor canalha é feito corte de navalha" Na pele de quem? De certo, é gostoso e lhe cai bem.Até que lhe provem o contrário. kkkk

    Gosto desses movimentos e da maneira como se ajeitam na alma. Aumente o som e deixa rolar Póléxia.

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  2. Na pele de quem sentir, seja lá quem for,rs. Não especulo sobre como cada um sente um amor destes.
    Mas, em vez de Poléxia, veio do Playmobille.
    Vlw!

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  3. Como disse Djavam:
    " Por ser exato
    O amor não cabe em si
    Por ser encantado
    O amor revela-se
    Por ser amor
    Invade
    E fim!!...
    Adorei sua poesia!
    Um abraço

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