quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cenas casuais... Sentimentando.


Ana Clara encostada na janela se vira num repente e fita Nado sentado do outro lado, olhar espremido. Música rolando no ambiente, passeando entre os espaços da mobília moderna e o vazio entre dois quereres.

- Mas você também nunca tentou nada demais, nunca quis me defender, me levar. Se não dá mais, é por causa de você Nado.

- E tentar para quê? Para ver você matar minhas tentativas?

- Eu não fiz nada! Não vire o jogo e me acuse como você sempre faz!

- Clarinha, eu tentei demonstrar que estava ali. Eu tentei ser protetor, mas você revelou se irritar quando tentam te apanhar no colo. Que posso fazer? Que mais pude tentar?Eu te falei muitas vezes, e você sem tempo exigiu sua independência, seu lugar, sua força, pois então estamos assim. Acho que não dá mesmo e é porque cada um não sabe mais querer o outro e a si ao mesmo tempo, fique consigo.

No apartamento todo em branco a porta se fecha.

“De tanto eu te falar
Voc
ê subverteu o que era um sentimento e assim
Fez dele raz
ão pra se perder
No abismo que
é pensar e sentir”

4 comentários:

  1. É o primeiro ato de uma peça? Continue!
    Grande abraço
    CEL

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  2. Esse texto mexeu comigo, visualizei a cena, consegui até sentir o clima, mandou muito bem, conseguiu transmitir "TUDO".

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  3. Abismo de viver.

    http://vemcaluisa.blogspot.com/

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  4. muito bom como cada um expressa no seu comentário que entendeu o texto de uma forma bem própria, gosto muito quando percebo isso. Que bom que este abismo mexeu fundo com os leitores, continuarei!!!

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